18/12/2014

Só.

Eu nao me sinto bem, nao me sinto eu. Me sinto abandonada pelo mundo. Pelas pessoas que me amam. Por tudo e por todos. Mas não por Deus, claro, mas como posso eu lamentar sobre os meus tormentos vãos com ele? Não posso. Nao, nao, nao e nao. Carrego nas costas a minha própria carga de angústias e com ninguém consigo dividir. Me sinto crua, de frente a um espelho vendo minha imagem sangrando e ferida em cada milimetro de pele vermelha e pegajosa. Rubra de liquido triste e doloroso. Nao aguento ficar só quando na verdade me iludem como se eu tivesse muitos. Nao o tenho, mas eles me têm. Mas que sou agora? Nada além de um punhado de cortes e sofreguidão.
O que faço? O que faço, meu Deus? Desculpe por recorrer a você que tem tantos outros a quem ajudar. Mas eu preciso de paz. Preciso me encontrar em meio aos tormentos. Por que sou assim? Por que impulsiva, ao mesmo tempo calada e cheia de barreiras? Ninguém me alcança e eu ao mesmo tempo sorrio e choro, vendo todos ao longe. Me reservo o direito de ser reservada, mas e depois? Que faço eu com o não dito que me corrói o peito? Já nao sei mais. Cacos de mim, levem aos meus amores a verdade. Que nao tenho mais força pra fazê-lo por mim mesma.

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