Ughhhhh
Eu queria falar que tá tudo ótimo. Porque meio que está, se eu olhar a vida de uma forma positiva e saudável. Só que não tô saudável hoje. Eu tento, juro que tento ser, ou pelo menos mascarar a anemia emocional, mas é complicado.
Bom, hoje visitei minha madrinha e foi bem legal. Ela é designer gráfica, sempre foi um exemplo distante, desenha pra caralho (hoje estou meio explodindo, então me reservo o direito de escrever palavrões) e sabe... Quase nunca tenho a oportunidade de vê-la. Do ano passado pra cá tenho começado a falar mais com ela, sobre desenho, cursos, complexos etc. A gente teve uma super conversa, eu chorei e acho que isso somado a o fato de começar um curso em que 99% dos outros alunos é de um nível superior ao meu fez com que eu não aguentasse mais esse fingimento todo.
Já tinha dito antes, que tava sentindo que não tava tudo certo por dentro, mas de uma forma discreta estava sendo mascarado, esse aperto nas tripas mentais.
Eu sou competitiva. Nunca tive compreensão desse fato até, sei lá, ontem. Odeio esportes, odeio concursos, odeio conviver com outras pessoas em aulas, sempre achei que isso me fizesse nada competitiva quando na verdade era o contrário. Não suporto isso tudo porque sempre tem a possibilidade do outro me superar nessas situações e não consigo aceitar isso de forma tranquila. Me dilacera, ser ruim, pior, estar aquém. É uma grande merda, sinceramente. Não sei lidar com frustração nesse quesito e isso me faz travar, emburrar e imaturamente jogar tudo pro alto como uma criança birrenta.
Sei o quão estúpidas são as atitudes que tomo quando me deparo com situações ameaçadoras em que encontro pessoas melhores que eu. Tenho consciência das minhas idiotices, da minha resultadite (um dos meus professores de desenho que me diagnosticou neologisticamente haha). Eu sei de tudo isso e ainda assim...Sofro igual, não tem evolução e o padrão se repete. Vai afundando o corte. Vai prolongando a agonia.
Sei lá, eu só queria sumir um pouco. Queria que ler me levasse a algum lugar, que não fosse só um refúgio. Queria que o tempo me desse mais do que fragmentos felizes num mar de conflitos. Eu sou tão individualista. Olha pra isso tudo, tem gente se fodendo todo dia, a cada segundo que passa, sendo torturado, estuprado, morrendo de fome (fucking literalmente) e estou reclamando de futilidades. Passei mais da metade da minha vida na terapia pra ser assim: caótica crônica.
Eu só queria melhorar. Em tudo. Como pessoa, como artista, como filha, como ser vivo...
Eu só queria me sentir capaz de conseguir ser mais.
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