02/05/2017

Responsável por aquilo que cativas? Really?


Há meses tenho pedido por alguém que abrande a falta no meu coraçãozinho dolorido de afeto e conforto que nunca pude experimentar. Alguém que fosse capaz de me fazer esquecer de porque quis tanto esses braços que nunca foram meus.
Eis que enfim aparece alguém. Alguém que parece genuinamente estar disposto a fazer o possível pra que dê certo, mas me assusta.
Foi tudo meio assim: uma troca de olhares gentis e poucas frases amigáveis, uma aliança que dias depois deixou de aparecer e um interesse aparente que me fez cócegas e deu matéria pros meus devaneios. O problema em se gostar muito de cenários hipotéticos é não saber lidar quando um quadro real se apresenta.
Conversando um pouco mais, desviando educadamente de cada investida, morrendo de vergonha das pessoas notando o que acontecia, tudo indo... Tudo indo rápido demais.
Apesar de ter pedido tanto por alguém, quem me veio foi alguém doce, mas muito muito mais enraigado em amores utópicos que eu. Alguém com quem sequer saí e já nos imagina morando juntos felizes feito família margarina.
Me assusta e muito toda essa história.
Não estou inteira nem pra mim, muito menos para terceiros e tenho medo de repetir o que houve com o Rodrigo. Sentir que enganei alguém com meio amor equanto recebia um infinito. 
Já deixei claro que não gosto desse ritmo absurdo e irreal de como ele encara as coisas. De como encara um "nós" duvidoso. Mas ele não entende e tenho medo de tudo, das coisas boas e das ruins que podem resultar desse envolvimento.
Será a coisa certa a ser feita

Afinal o que se faz quando se gosta de alguém em diferentes medidas? Como se faz quando no fundinho da alma ainda restam os remendos de um amor há muito desgastado, mas que ainda nos deixa sem sono?

Não faço ideia. Isso me preocupa. Tudo me preocupa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário