15/10/2017

Vancouver sequestrou meu tempo


Olha eu aqui, quanto tempo.

Tanta coisa já passou, é difícil decidir o que colocar aqui e a ordem das minhas impressões.
Já faz quase dois meses que estou aqui em Vancouver. Muito aconteceu nesses dois meses, mas foi tudo tão rápido que mal deu tempo de digerir. 

É meio sonho, minha vida aqui. Não que tudo seja lindo, mas sempre tem aquela névoa do irreal.

Saí do hotel em que eu me hospedaria até abril. Agora estou alugando um apartamento junto com uma amiga da classe. Jackie é uma chinesa meio maluca e super avoada. É incrível como ficamos tão próximas em algumas semanas. 
Nossa casa é uma gracinha, bem pequenininha, ainda nem tenho minha cama, mas amo esse apartamento com todas as minhas forças.

Estou indo ok com as aulas e trabalhos. Com toda a canseira de mudar de casa (isto é, mudar a Jackie de casa, porque eu só tinha uma mala de mobília) acabei ficando sem energia na semana passada e perdi umas aulas. Nada muito relevante, o bom é que o termo tá acabando então não preciso me preocupar com número de faltas. 

Semana passada foi meio punk. Tive meu primeiro surto em solo canadense, saí no meio da aula, preocupei todos os meus amigos, mas no fim tudo terminou bem.
Amo tanto todos eles, o povo aqui fala sério quando diz que a tua classe vira família. 
Passo todo dia em torno de 15 horas com eles, de 6-12 horas na escola, nem sempre é fantástico, mas eles são.

Sinto muita falta do meu guarda-roupa. É engraçado perceber as pequenas coisas que ativam gatilhos de saudade em mim.

Acho que meu inconsciente está me poupando de pensar na minha família e amigos no Brasil. Sei que tô com saudade, mas nunca me permito passar mais que alguns segundos nisso. Não quero surtar mais.

Tá tudo bem. 

Eu tô feliz, to apaixonada pela minha nova casa, tô seguindo em frente.

É.

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