26/11/2018

Férias

Quem diria que eu seria capaz de me dar férias, não é mesmo?

Lembro de 2016, o ano dos surtos de "eu sou inútil não tô fazendo nada da vida meu deus" enquanto eu fazia 5 cursos ao mesmo tempo e travava em todos por não ter maturidade nem muito menos bom senso pra ficar com um e perceber que meu lance é obrigação estilo conservador mesmo.  E nisso tudo lembro da Lu (minha antiga psicóloga) me falando "encare como um momento sabático, você merece férias" e eu surtando sem nunca levar isso como possibilidade. Eu tentava dizer a mim mesma que tudo bem, férias, mas era tudo horrível.

Fiquei com medo de repetir isso caso tivesse que esperar até o segundo semestre do ano que vem pra começar uma faculdade. Por mais que eu queira trabalhar assim que virar o ano, tinha um peso no meu peito me dizendo que eu iria ainda mais pra dentro do buraco se não começasse a estudar o quanto antes.

Eis que agora estou com uma super oportunidade de pegar bolsa na Anhembi. Porque puta merda, até a Anhembi Morumbi é cara pra mim na atual conjuntura.
O que importa é que se eu conseguir bolsa posso estudar no primeiro semestre e trabalhar. Resumindo serei um ser funcional, o que tem se tornado um dos meus sonhos ultimamente.

Só de pensar que vou usar mais quatro anos da minha vida até que possa sequer pensar em ter independência financeira me dá vontade de sumir, mas se é o único caminho o negócio é ir em frente e pronto.

Por enquanto, como não tenho nada o que fazer. Isso literalmente, resolvi proclamar férias. Fazer o que é comum a quase todo mundo e que eu nunca fiz: as férias em casa. Maratonar séries, ler livros, ficar em casa e não fazer nada. Uau. É ridículo, mas me parece genuinamente empolgante.
Nunca fiz isso.
Nunca consegui ser alguém que gosta de séries, que assiste vários filmes, agora estou me dando essa oportunidade. É quase como um To Do list.

Sei lá, veremos.

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