09/01/2021

Começou bem ruim, mas terminou menos pior (risos)

 


Sinceramente eu tô apavorado pra escrever esse post.

Na verdade, pra escrever qualquer coisa aparentemente, não sei bem porque.

Fiquei o dia inteiro me corroendo pra começar um mísero texto que fosse, sentindo um medo absurdo de...  não sei o que. 

Percebi o quanto me afundei na minha versão npc, apenas consumindo e vendo o mundo acontecer a minha volta, sem tomar qualquer ação que pudesse colocar uma marquinha minha nele. 

Me permiti ficar num casulo de mimos e influências, lendo o que os outros escreviam, assistindo o que os outros animavam, até mesmo apreciando e introjetando o que outros profissionais fizeram, talvez numa tentativa de mascarar esse medo que veio crescendo em mim nestes últimos meses. Tomando forma a ponto de me segurar e me deixar com receio de escrever no meu blog. Meu, cuja única leitora é uma pessoa em quem eu confiaria todo e qualquer pensamento.

Como que pode um medão desses pra uma coisa inofensiva dessas? 

Até fiz um exercício mental de tentar pensar no pior cenário possível de eu, sabe, escrever e publicar alguma coisa e... Não deu pra pensar em nada porque NÃO EXISTE NADA NEGATIVO QUE PODE DECORRER DE UM SIMPLES POST. 
Escrevo em caixa alta porque é revoltante o quanto o meu cérebro consegue me deter em coisas absurdas e irreais e eu caio na mesma armadilha várias e várias vezes. Eu me sinto o Coyote dos Looney Tunes com a plaquinha de "oh no" antes de cair do precipício que ele mesmo escolheu subir.

Ai ai.

Porém, veja só, cá estou escrevendo. Toma essa medo paralisante idiota. Essa batalha (minúscula e sem sentido) eu venci.

Nem tem muita coisa acontecendo no momento que valha ser mencionada, acho. 

Nos últimos dois meses o que tenho conseguido fazer é:

  •  trabalhar em horários extremamente desgastantes e nada saudáveis (como acordar 10h30, enrolar 2h dentro do horário de trabalho e depois me sentir culpado e trabalhar essas 2h perdidas durante a madrugada pra compensar e ficar morrendo no dia seguinte e novamente acordar tarde e recomeçar o ciclo);
  • ler comics no Tapas, que eu descobri ser um aplicativo extremamente irritante, porque quase todas as histórias são pagas e/ou desinteressantes, mas que leio mesmo assim de cabo a rabo porque perder tempo é um hobby importante pra mim, aparentemente; 
  • assistir animes que estavam na minha lista do MAL há séculos e alguns outros que me pareceram ok (e até agora tem tido uma taxa de 65% de sucesso em, de fato, valerem a pena);
  • vivendo cenários imaginários de uma vida ideal enquanto as horas passam e eu deixo de fazer as coisas que poderiam me deixar alguns passos mais próximo destes mesmos cenários.
Como já falei lá no começo, me recolhi a um mero papel secundário na minha própria vida, ou talvez esteja na fase do protagonista em que ele é irritante, totalmente sem sal e sem ganas de ir atrás de seus sonhos e ambições, até que uma figura de mestre apareça e o faça acordar pra vida e iniciar sua grande jornada.

Essa figura de mestre bem que poderia ter sido minha amiga Anna, ex-colega de trabalho que não ficou nem os 3 meses de experiência na minha empresa, sendo recrutada para trabalhar na Accenture, uma das maiores empresas de consultoria de dados do mundo.
Anna é uma pessoa muito foda, caso não tenha ficado claro e ela viu o quão absurdo é trabalhar na minha empresa em diversos momentos e pensou "por que você ainda tá nessa espelunca?" (sério, foi quase isso que ela disse mesmo) e me motivou bastante a ir atrás de uma oportunidade melhor e isso tava indo super bem... Até que não tava mais e eu me fechei pro mundo e entrei na minha bolha do "odeio como as coisas estão, mas seguirei mantendo-as desse jeitinho porque é mais fácil do que se jogar no novo".
Pois é, Anna não foi capaz de me fazer tomar as rédeas da situação e ativamente melhorar a minha vida. Acontece.

As vezes me sinto mal por ela, que acreditou tanto em mim e me deu um super up quando eu tava tão conformado com a situação medíocre e infeliz em que me encontro, mas sem coragem de subvertê-la. Mas de novo, não me sinto mal o suficiente pra tomar atitude qualquer que seja e mudar isso. Complicado.

MAS falando de coisas um pouquinho mais animadoras: não estou me sentindo mais tão a mercê do destino cruel que eu mesmo me imponho e, aos poucos (beeeeeeeeem lentamente) sinto que vou retomando a energia ativa pra ir atrás do que eu quero e preciso.

Este post por si só já é um indicador dessa mudança. 
Não quero colocar expectativas em cima disso nem nada, mas talvez, quem sabe, as coisas estejam prestes a dar uma melhoradinha. 

É o que eu espero, neste 2021 que já tem dado tantos indícios de que vai ser uma merda.
Let's bora.

P.S.: Rindo baixinho aqui por ficar procurando alguma bendita imagem de um post relatable do tumblr até achar um mais ou menos adequado ao tema num blog que tem a sessão "wellness" no menu de conteúdos. O que se tornou a minha vida, me expressando digitalmente através de prints de baixa qualidade do tumblr. Enfim, era isso.

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