Chegou a h-o-r-a senhoras e senhores, o que eu espero ser uma retrospectiva de respeito para este humilde espaço da internet está prestes a se apresentar nas linhas que se seguem.
Que pomposo, né não?
Isso tudo porque fui caçar a postagem de retrospectiva que eu achava que tinha feito anos atrás, só pra descobrir que ela não tinha NADA a ver com o que eu tinha idealizado. Era uma compilação de conquistas do ano de 2016, o que é sim uma coisa bem legal e tal, mas era só isso. Nada de recomendações, nada de "isso foi o que eu ouvi durante o ano e me fez não me jogar num foço e ficar lá pra sempre", nada de nada. Só o que me pareceu uma mera lição de casa de alguma sessão de terapia.
Bem, vamos ao que interessa e chega de lamentações sobre o passado. *cof cof*
(esse post ficou tão gigantesco que tive que colocar um "leia mais" pra não deixar a barra de rolagem da home invisível de tão pequena haha)
[ m ú s i c a s ]
Então tá, nesse ano inteiro eu descobri um montão de artistas incríveis e aflorei o meu amor por R&B (coreano e regular haha) e também criei finalmente minha playlistzinha pras músicas dos anos 50 que ainda está super vazia considerando o quanto eu escutei Chet Baker ao longo do ano.
Mas por hora vou focar na galera que ficou no meu repeat por pelo menos 70 horas seguidas, eles, os queridos:
~ Glass Animals - Dreamland
Sinceramente me faltam palavras pra descrever o quão importante este álbum foi na minha vida.
Dreamland veio num momento em que eu estava derrotado e sem perspectiva nenhuma e BAM shot de dopamina com a sonoridade que ressonava com toda a minha existência.
Lembro de escutar pela primeira vez e simplesmente deixar rolando pelas 13 horas seguintes e recomendar ao Gabriel que escutasse e a primeira coisa que ele falou foi "meu deus é 100% você" e, sabe, é mesmo.
É engraçado como os elementos musicais são de coisas que sequer fizeram parte da minha infância, como gameboys, cassetes e consoles em geral, mas ainda assim o tom nostálgico e a ambientação inteira do álbum, desde a forma como o som reverbera de uma forma diferente nos meus ouvidos ao visual da capa e das artes de divulgação, tudo me preenche com um conforto difícil de expressar.
Me faz afundar na sensação de escutar cada faixa e me sentir completo. É literalmente o "we were infinite" de As vantagens de ser invisível.
Eu amo esse negócio. De verdade.
~ Duda Beat - Sinto Muito
Minha nossa, como eu escutei Duda Beat em 2020, virge.
Em 2019 eu já nutria um carinho muito grande por algumas das suas músicas mais famosas, porque convenhamos é impossível não se derreter ao som de Bichinho, mas foi só ano passado que tomei vergonha na cara pra procurar os outros trabalhos da bicha.
E assim, ainda bem porque puta merda que negócio bom.
Apesar de não ter tido nenhuma desilusão amorosa no ano, as letras me deixavam tão remexido por dentro que era difícil não viciar.
Saudades dançar Duda numa baladinha indie cazamiga... Ai ai.
Saudades de como tudo tinha um ar de normalidade enquanto eu ouvia as músicas dela. Acho que o período em que escutei com mais afinco esse álbum foi antes da pandemia, lá pra meados de janeiro-fevereiro, então minhas memórias de ouvir no caminho de volta do trabalho ou até mesmo no coworking me trás uma nova onda de carinho pela situação toda.
Foi um período muito muito bom pra mim, eu estava trabalhando na paulista, tinha acabado de retomar as aulas e conhecido pessoas ótimas e pra coroar tudo isso tinha duda nos meus fones de ouvido.
Ai ai de novo. Vou até parar pra não ficar titi.
~ Mc Tha - Rito de Passá
Jamais eu imaginaria que teria alguém com "Mc" no nome artístico figurando nas minhas playlists e muito menos numa retrospectiva de mais ouvidos.
Mas com a idade a gente aprende que não sabe de nada e que preconceitos são muitas vezes infundados e costumam fazer a gente perder coisa boa.
Pois bem, desta vez eu não perdi o tapa na cara que foi Rito de Passá.
Uma recomendação do Gabriel, lembro direitinho quando ele me mostrou Despedida, que era a faixa que fazia o pobre coraçãozinho dele se retorcer devido ao período complicadíssimo com um crush insistente que não ia embora.
Também foi antes da pandemia, então tudo tem um gostinho de saudade por trás, mas não vou me ater a isso.
Rito de Passá como um todo é um álbum gostosíssimo de se ouvir. A voz da Tha é super aveludada e é como se ela acarinhasse quem escuta com cada verso.
Me surpreendi muito pelo estilo de cada música também. Tudo combinava, mas cada música tinha seu toque especial e único.
Talvez por não acompanhar muita coisa de pop brasileiro que não fossem as músicas da Anitta e alguns funks que meu chefe colocava na caixinha de som durante o trabalho, achei muito inovador como soavam as músicas desse álbum.
Se são mesmo, não posso dizer, mas que é bom, é.
~ Harry Styles - Fine Line
Olha, eu me esforcei muito pra não cair por Harry Styles. E quando eu digo esforço é porque realmente eu gastei energia evitando consumir toda e qualquer mídia a respeito do cara, por puro rancinho superficial do "macho desconstruído que não fez mais do que a obrigação".
Como eu perdi tempo nessa empreitada, meus caros.
Novamente, quem me apresentou este álbum foi o Gabriel (que foi a única pessoa com quem eu """" convivi"""" nos tempos de distanciamento social, pois estávamos em geral no fundo do poço nos mesmo períodos e assim nos fazíamos companhia) e, minha vida mudou também depois de entender porque tanta moral pro nosso menino Harry.
Considerando o fato de que só dei o braço a torcer uns 2 meses antes de o ano acabar e Fine Line inteiro estar na minha playlist de "Your Top Songs 2020" do spotify, é bem impressionante o quanto eu cai de quatro por esse troço.
Pelo amor de deus, não sei nem o que dizer direito. Que homem gostoso que faz música gostosa, clipe lindo e sessões ao vivo incríveis.
Dá até raiva.
~Lady Gaga - Chromatica
Outra salvação do meu ano, Chromatica também veio num momento em que eu estava sem forças pra seguir em frente e me mostrou que pra quase tudo se dá um jeito quando a música é boa o bastante.
Nunca fui um fã de Lady Gaga. Claro, eu gostava das músicas e tal, mas sequer tinha um álbum favorito (na verdade era The Fame, porque minhas músicas preferidas eram todas dele haha) então quando Chromatica foi lançado eu não embarquei no hype.
O pessoal no meu trabalho ama pop, então eu escutei eles falando bastante a respeito e, como falei antes o momento não era dos melhores, então resolvi arriscar. Que escolha abençoada esta última, pois descobri meu real álbum favorito.
Acho que antes desse ano Lady Gaga nunca figurou sequer nos meus top 50. Da última vez que chequei algumas semanas atrás estava na posição 16, isso que é progresso haha.
Ai, tudo nesse álbum é perfeito. Novamente a ambientação com uma pegada mais oldschool me pega de jeito, sem falar da boa e velha retomada do pop estilo The Fame.
Impecável, essa é a palavra.
~ músicas isoladas que fizeram *boom* no meu coração (e seguem fazendo, né)
- Turn - The Wombats
- Treat Me Like a Lover - Will Joseph Cook
- Maniac - Conan Gray
- La baie - Clara Luciani (essa dá vontade de beijar essa mulher até ela esquecer onde ela tá)
- Sledgehammer - Peter Gabriel
- Disco Man - Remi Wolf
- Everything Now - Arcade Fire
- Lavender - Two Door Cinema Club
- Erode - TENDER (e toda a discografia deles, basicamente)
- Todo Homem - Zeca Veloso (para momentos de chorinho)
- Tangerina - Duda Beat e Thiago Iorc
- I Fall in Love too Easily - Chet Baker
- 29 Beijos - Márcia Castro (essa tá no meu coração desde 2013, junto com o Hélio Flandres)
- goldenboy - Kaptan
[ a n i m e s ]
~ Haikyuu!!!
I love this little bitches so fucking much a a a aaaa
Cara, o que dizer de haikyuu, não é mesmo? Só pra achar uma imagem pra colocar no começo desse tópico já perdi 43 minutos olhando pra fanarts e trechinhos do anime e mangá e sofrendo, porque olha, não dá.
Essa foi uma das grandes surpresas de 2020 pra mim.
Eu tinha assistido a primeira temporada de haikyuu faz tempo, lá pelos meus 18 anos, e retomei por acaso em 2020 durante a pandemia por leve influência de um colega de grupo da faculdade que um pouco antes de a gente entrar em quarentena tinha comentado comigo que a nova temporada estava muito boa e ele gostava bastante de haikyuu como um todo.
Daí pensei: hmm, vou ver esse negócio né, afinal na época eu fiquei super animado e até coloquei o Hinata como personagem preferido na listinha do MAL, título que eu não dou assim sem critério. Daí foi só ladeira abaixo.
Assisti tudo e fiquei de cara. Mentira, eu ainda não consegui assistir ao último episódio da temporada porque só de pensar já fico emocionadoh ~
Sei que ainda tem mais coisa pela frente, pelo menos para o anime, mas o mangá acabou e o fandom tá todo em polvorosa postando sobre as versões crescidas dos meninos e eu não tenho estruturas para isso.
Olha, Haikyuu conseguiu se equiparar a Free no meu coração, este é o nível de qualidade da coisa toda.
Na verdade, em vários aspectos diria que até superou free, pois eu sei o nome de 90% dos personagens e eu genuinamente me importo com eles, ao contrário de free em que nem lembro mais os nomes dos carinhas da última temporada, apesar de ter achado eles 100/10.
A dinâmica do anime é muuuito boa, todos os episódios são engajantes e os personagens são extremamente cativantes. Claro, nem todo mundo é "uaaau" e em geral o foco do mangá não é trabalhar crescimento individual e sim o fortalecimento das relações enquanto time e como jogadores, o que faz todo sentido e é muito bem feito.
Como eu disse, é fácil de se apegar a todas as equipes, pois eles dão dimensão a cada um dos meninos e, como todo bom anime de esporte o ship é livre, né mores? Nunca vi um anime com tanto potencial de pairing como Haikyuu, puta que pariu.
Claro, não vou dizer que todos os episódios são impecáveis e o ritmo não dá aquela arrastadinha de vez em quando, porque acontece. Nas últimas temporadas não nego que me deu um pouco de desespero, porque as partidas pareciam não acabar nunca e eu só queria ver meus meninos felizes, caralho.
Mas mesmo assim conquistou um lugar super especial no meu coração, de tal forma que estou até considerando começar a ler o mangá e reassistir todas as temporadas pra reforçar na minha cabeça todo o plot e cada um dos momentos memoráveis dos meus nenês.
Anime de esporte é uma sina, não tem jeito.
~ Jujutsu Kaisen
Inesperadamente um dos animes preferidos que vi no ano.
Apesar de algumas cenas bem trágicas e um pouco de gore aqui e ali, JJK é lindo para caralho. E não é só lindo em termos de visual, a animação é linda, as cores, a ending (que é a coisa mais gracinha desde que lançaram a opening de Yuri On Ice!), até o modo como os personagens falam é agradável. Não sei como conseguiram juntar tanta coisa boa num negócio só.
Logo no primeiro episódio a primeira coisa que reparei foi na voz dos personagens. Não sei se é alguma parada relacionada a gravação ou sei lá, mas até a qualidade do som parece superior. Além disso a pronúncia dos personagens principais me agrada imensamente. Não sei se é um sotaque de alguma região específica, ou se é o novo japonês coloquial e eu estava acostumado ao modo de falar de alguns anos atrás por ver produções mais antigas, mas foi uma coisa que me marcou.
A história é legalzinha, típico shounen. Nem de longe cabe dentro de 13 episódios, o que imagino que os produtores já soubessem e uma continuação deve ser iminente.
Passei da fase de gostar de universos sobrenaturais e pancadaria, mas abro uma excessão pra Jujutsu Kaisen, por conta dos personagens. Gostei muito deles, de verdade.
Gostei do fato de que a garota do grupo tem uma personalidade forte e é bem badass sem perder a mentalidade de 15 anos.
Os meninos, como de costume, parecem visualmente ter vinte e poucos, mas pelo menos as personalidades são adoráveis, apesar de um deles ser muito mais maduro do que deveria.
Bem, não vou me estender muito porque não acabei de assistir ainda. Estava guardando os episódios pra depois, sabendo que não vai ter um final #realoficial.
~ Durarara!!
Tirado do baú da minha pré-adolescência, resolvi reassistir durarara nesses tempos de retomada dos animes. Há muitos anos assisti a primeira temporada e fissurei. Cheguei a baixar um monte de músicas cantadas pelo dublador do Kida (que eu amava quando assisti pela primeira vez e hoje tenho uma relação de amor e "menino você é idiota demais, como pode" ) e lembro de baixar várias fanarts, acompanhar até umas doujinshis do Shizuo com o Izaya (que tem que morrer, diga-se de passagem).
Só que depois disso levou uns 2 anos ou mais pra lançarem a segunda temporada e aí eu já tinha perdido o pique pra tramas sobrenaturais e fiquei meio nhé.
Daí, depois de sofrer assistindo Shinjeki no Kyojin e me frustrando ao máximo com toda a expectativa que tinha criado em cima daquela merda, comecei a me perguntar se obras que eu tinha amado no passado eram mesmo ~tuuudo de bom~ ou se eram só meia boca e a minha percepção limitada de 13-14 anos fazia parecer um negócio grandioso e genial.
Resultado: fui reassistir Durarara!!. Por sorte, não achei ruim e até me surpreendi sobre como conseguiu me prender no enredo novamente, apesar de eu enxergar alguns aspectos negativos na construção do mundo.
Ainda não tomei coragem pra ver a segunda e terceira temporada... Acho que tenho receio de algo ser capaz de estragar o meu xodó e fico postergando essa possibilidade.
De todo modo, valeu ter um espaço dedicado no post pra essa belezinha.
Hoje em dia os personagens a quem eu tinha me apegado não me encantam tanto, mas não posso negar que o Shizuo segue sendo um grande mozão, apesar de ser um bocado problemático e esquisito quase na mesma medida.
Obs: também me irrita o fato deles não deixarem o plot seguir de uma forma que viabilize livremente o ship entre o Kida e o Mikado, grrr. Sei que é um motivo idiota, mas isso também me faz ter menos vontade de assistir a continuação, não quero ver o canon destruindo meu ship haha.
~ Kamisama Hajimemashita
2020 foi um ano tão bizarro que deu até uma confusão mental aqui preu tentar lembrar qual período da minha vida eu assisti Kamisama. Foi no começo do ano, mas como parece que aquele tempo foi há milênios eu mal lembrava.
Preciso enaltecer essa delicinha que é Kamisama Hajimemashita!
Sempre tive os dois pés atrás com essa obra, porque depois dos meus doze anos shoujos com pares românticos envolvendo criaturas sobrenaturais, em especial misturando deuses e afins não me desciam muito. Porém, a Hikaru (uma amiga de escola minha da época otaku) sempre comentou como ela amava e me recomendou por muitos e muitos anos. Aí né, em meio ao meu período focado nos otome games resolvi dar uma chance e, cara, que escolha acertada.
Primeiro, vamos ressaltar que tem dois personagens muito gostosos nessa história. O Tomoe é tudo de bom e, claro, amo o Mizuki e toda a fofura dele.
Eu era bem cético quando ao Tomoe, já que todo mundo babava tanto por ele, só que o cara realmente faz por onde.
A história tem umas reviravoltas muito loucas e é bem construída pelo que me lembro. Dá até um nervoso porque você quer que as coisas se resolvam e os episódios seguem trazendo mais partes da trama que a tornam mais complexa e você fica revoltado haha.
Claro que tem umas coisinhas trouxa e uns personagens meio x como todo shoujo, mas isso não diminui o quão bom o conjunto é.
Imagino que o mangá seja infinitas vezes melhor, já que quase todo shoujo o mangá não tem nem comparação.
Só de escrever a respeito de kamisama me deu vontade de reassistir ou começar com o mangá. Tô precisando de uns caras bonitos pra me distrair. Sem falar que a personagem principal é um nenê ❤.
Ela tem uma personalidade ótima e é uma gracinha, faz você torcer por ela ao invés de se projetar em cima.
Ai, saudades shoujos.
Menção pseudohonrosa porque preciso desabafar:
~ Chihayafuru
Ô negócio que gera expectativa, viu! Vou te contar, não foi fácil acompanhar duas temporadas pra no final da segunda saber que a terceira ainda não é a final e até agora o mangá tá rolando e o par romântico NÃO FOI DEFINIDO NO PLOT. Ah, vai se foder, não tenho paciência prum shoujo que demora anos pra terminar e ainda por cima demora uma vida inteira pra desenvolver o lado romântico. Sem condições.
A história até que é legal, achei bem interessante aprender sobre o jogo e tal, achei uma graça como eles conseguiram colocar o contexto dos poemas e a beleza de muitos deles no meio da trama e tal. Porém, o desenvolvimento do par romântico neste caso é algo que importa, considerando o gênero do bendito anime/mangá, e as interações entre os personagens principais foi extremamente arrastada e em linhas gerais bem desinteressante durante quase todos os episódios.
Até na revelação de quem a personagem principal gosta, quando ela se toca do que tá acontecendo por dentro... Foi sem sal. Ai, me frustrei.
Não é um anime ruim, mas eu esperava bem mais.
Talvez quando terminarem de vez eu retome só pra saber que raios acontece.
~ Outros
No começo do ano também assisti Kaichou wa Maid-sama e achei trouxa. O menino é super idiota e tem tantas situações problemáticas e/ou simplesmente idiotas que nem vale falar muito.
Ainda em shoujos assisti Orange até mais ou menos a metade, quando minhas forças acabaram porque mesmo sendo uma história muito linda ainda é difícil pra mim enredos envolveno morte, então acabei deixando de lado. Está nos meus planos continuar, mas preciso de establidade emocional pra aguentar a trama, então não sei bem quando esse momento vai chegar (rindo de nervoso).
Saindo do gênero, mas ainda em slice of life vi Tsurune. É um anime bem bonito, os personagens são bem rasos e os arquétipos típicos que estamos acostumados em harém invertido, mas pelo menos nesse é uma mistura com anime de esporte, o que deixa as coisas um pouco mais interessantes. Não dá nem pra falar muito porque foi super curtinho e a história acabou de uma forma pouco satisfatória... Foi okzinho, mas não muito memorável além das carinhas bonitas.
Já falei que assisti a primeira temporada de Shinjeki no Kyojin e odiei, né? Bem, reitero aqui. Que ódio, eu queria muito gostar dessa porcaria. Queria muito shippar o Eren com o Levi, que sacooooooo. Enfim, foda-se.
Revi Gekkan Shoujo Nozaki-kun pra dar um alento pro meu coração... Foi ótimo, cumpriu seu papel. Mikorin nunca desaponta, aquele chuchuzim.
AH! Tentei assistir Kuroko no Basket e não consegui kkkcry. Nossa, puta negócio chato da porra, ave maria. Também foi outra frustração, porque faziam tanto hype pra Kuroko na minha adolescência que eu tinha total certeza que era um treco in-crí-vel... Só que não, é só chato mesmo. Não sei como pode ter tantas temporadas, não consegui terminar nem a primeira, muito menos me apegar aos personagens, nossa tristíssimo.
Também revi Yuri on Ice! e foi maravilhoso, um bálsamo pra minha alma. Saudades.
Teve um anime curtinho de Ozmafia também, que eu vi só pra matar a saudade dos dubladores, porque nem tinha história praticamente. Foi ótimo, tava precisando relembrar aqueles personagens queridões. Acho que vou jogar Ozmafia de novo nessas férias, sinto muita falta dos meus amorzões haha.
No mais acho que é isso. Tentei assistir a um anime de idols, mas não consegui passar dos 30s. Talvez minha fase de harém invertido pra só desligar o cérebro tenha passado... Veremos.
Com isso concluo ~finalmente~ minha sessão de animes da retrospectiva. Quis falar direito de praticamente tudo porque esse ano foi bem nulo em outros tipos de entretenimento como séries ou filmes.
[ l i v r o s ]
Eu amo tanto esses dois, aff. E absolutamente tudo que a Rin (@catbishonen) faz também, socorro.
~The Raven Cycle (ou Raven Boys)
Bem, eu poderia simplesmente dar o nome Raven Boys a essa sessão já que foi a única coisa que consegui ler nos passados 12 meses de puro caos.
Como eu estava salvando até o último centavo pra cirurgia, não me permitir comprar nenhum livro e assim só me restava o que eu tinha em casa.
Até fiz um post (
esse aqui) mencionando que havia retomado a leitura em agosto e estava novamente me apaixonando por tudo e todos da história etc.
Realmente, foi bem importante ler Raven Boys durante aquele período. Eu precisava urgentemente de uma válvula de escape e de pessoas novas (ainda que fictícias) pra me apegar e acompanhar.
Olhando pra trás, ainda é uma das minhas séries de livros favoritas, mas depois de ter lido acabei indo pesquisar mais sobre a autora e reconheço algumas falhas bem gritantes na história como a falta de diversidade étnica, o ableismo e até mesmo a presença de uma piada racista (sim !!! UGHH) por parte dos meninos que me fez querer vomitar e jogar o livro longe, ainda que tenha sido proposital pra mostrar o lado horroroso e real de meninos ricos e mimados.
Então, depois de ponderar bastante a respeito, mantenho os títulos na minha prateleira porque o balanço fica positivo no fim das contas.
As personagens femininas são incríveis, o romance é muito bem construído e as relações entre todos os personagens é complexa e realista (tanto quanto é possível numa história que mistura magia, demônios, playboys riquinhos e uma dimensão física dos sonhos).
O pairing principal é ótimo, o que é uma raridade em YAs com casais héteros e não perdem em nada pra Pynch, o casal queer abençoado da série e que me dá forças pra viver até hoje também.
Também preciso ressaltar o grande mérito de ter me deixado com tanto gostinho de quero mais que me fez começar a ler fics, o que é uma tarefa e tanto considerando os anos que se passaram até que esse dia chegasse haha.
Foi também lendo várias fics, em especial as do user justdk (
1 e
2) e
essa aqui que me fez abrir os olhos para relacionamentos poliamorosos, que percebi como a escrita da autora original não tem nada que a diferencie drasticamente dessa galera do AO3. Algo a se pensar.
Na verdade, em termos de marcar a minha vida a fic do Declan com o Jiang venceu fácil. Até hoje quando quero imaginar algum cenário romântico ideal eu pego o Jiang construído na fic e uso como base pro amor da minha vida™ hahaha.
Se o livro menciona o Jiang três vezes é muito, sem um pingo de caracterização, enquanto a fic pega e transforma um ship que eu sequer consigo imaginar como chegou a ser concebido de tão distante que são os personagens na trama original, mas que dá de 10 em muito canon.
Sem falar que na fic o Jiang é assexual. Perfeito, sabe?
Triste por ser uma história inacabada, mas que salvou meu mês de agosto.
Melhor parar por aqui antes que eu comece a sub-sessão fic haha.
[ v i s u a l n o v e l s ]
~ Ozmafia!
Pra sempre bolado com o fato de eu só ter descoberto a função print da steam depois de ter zerado Ozmafia e só ter esse mísero recorte do Scarlet pra colocar aqui.
ENTÃO NÉ, O QUE FOI OZMAFIA, SENHORAS E SENHORES??
Sei bem que pago um pau pra esse jogo desde sempre, mas assim: fazer o que se é bom mesmo?!
Claro, tem sua parcela de aspectos duvidosos e alguns simplesmente muito ruins mesmo, como toda produção japonesa voltada para o público feminino, mas com staff majoritariamente masculina.
É mais um caso de colocar na balança e ver o saldo e a qualidade geral do jogo é muito boa pra se deixar abater pelos pontos merda.
Primeiro: a arte é maravilhosaaaa! É feita pela mesma pessoa que cuidou do visual de Diabolik Lovers, que é um jogo que eu queria jogar apenas pelo visual, mas acabei não conseguindo por ser fodidamente bizarro no plot a ponto de eu não ter estômago pra tanto.
Além disso os dubladores são muito carismáticos e fazem um ótimo trabalho seduzindo a gente, em especial o do Kyrie, Caramia, Robin Hood e Soh.
Os personagens são majoritariamente ótimos também, o Caramia é tudo que eu sempre quis e mais, o Kyrie tem seus momentos de insuportável, mas também é um pãozinho e o Scarlet é um grande amorzão, puta que pariu.
Se eu não tivesse visto o True Ending o Soh também entraria nessa lista, mas infelizmente eu ainda tenho os dois pés atrás com ele e a revelação da sua identidade real. Muito creepy, deus me dibre.
Só pra não reler e ficar me remoendo por não falar abertamente sobre os problemas e só enaltecer superficialmente Ozamfia, vou tirar um parágrafo pra falar das coisas que eu odiei, porque preciso colocar isso pra fora também.
Começo com a rota do Robin Hood, puta merda que coisa chocante e revoltante. Nossa o cara é um bosta, vai se foder. O pior é que eu queria MUITO que esse fdp tivesse uma rota e quando eu descobri que tinha, fiquei realizado. Só que foi uma das piores coisas que poderia ter acontecido, aquela rota não deveria existir nunca. Ele basicamente usa a MC num momento nada a ver e não obstante depois de drogá-la ele estupra ela (!!!!!). Asqueroso, ele tinha que morrer. Que ódio.
Outra rota que foi bem ruim, mas que não tinha como fugir muito de um desfecho ridículo é a do bordel. Já partindo de que um otome game não deveria ter uma rota de bordel, tinha tudo pra dar errado e deu. Acho que o pessoal da Pony Pachet quis fazer umas rotas horríveis pra atingir o público que veio a partir de Diabolik Lovers por conta da arte e por isso colocaram essa rota e a do Robin Hood sendo grotescamente abusivas. Só que nenhuma delas sequer fez sentido e a trama ficou apressada e esburacada. Uma porcaria.
Por fim, a personalidade do Axel, um dos personagens principais deixou muito a desejar. Ele é a versão humana do Homem de Lata e, poxa, ele ganhou um coração do mágico de Oz, então eu esperava uma pessoa extremamente emotiva e sensível... Só que ao invés disso veio um menino travado, sem noção nenhuma de gerenciamento de raiva e cara de cu 24/7. Ele tinha tudo pra ser um personagem que faria com que eu me apaixonasse perdidamente e colocaram tudo a perder numa versão kuudere insegura pra cacete e sem o menor diferencial. Ele só é bonito e alto, acabou.
Ah sim, antes de terminar minhas reclamações, preciso expressar o quão trouxa é o fato de não termos uma rota de relacionamento amoroso com a Pachet. Cara, seria incrível uma rota com ela, minha nekogirl fofíssima e fodona. Em vez diso resolveram colocar umas fragilidades que nem combinava com a personalidade da personagem e um final super sem graça. Triste.
Agora retomando o lado bom e que me faz querer jogar de novo essa bagaça: O Caramia é perfeito. Sim, serei redundante porque ele merece. Não dá pra não enaltecer esse homem, n-ã-o dá.
Ele pode me chamar de ojou-san sempre que quiser, cara, por ele eu faço quase tudo, na moralzinha.
E de novo, o Scarlet é outro perfeito. Queria muito que as rotas dele tivessem um final mais concreto com relação ao desfecho amoroso, mas ainda assim a personalidade dele é impecável e, de longe ele é o melhor de todos os personagens. Melhor até que o Caramia, na real. Super maduro, sensível, honesto, o menino é a salvação da humanidade em pouco mais de um metro e meio. Cinnamon roll, too pure for this world, too pure.
Enfim, escreverei mais sobre Ozmafia quando eu for jogar de novo. Isso aqui já tá longo demais.
~ Amnesia Memories
Bom, já disse que esse jogo só vale a pena pelo Orion, certo? Minhas opiniões a respeito não mudaram.
Nem zerei ainda. É bem monótono, os personagens não me cativaram e a animação deles falando e piscando dentro do jogo me assusta bastante (sem falar do acabamento meio glossy, parecem umas bonecas barbie achatadas pra tela 2D, yikes).
Pra coroar os finais ruins terminam com a MC morrendo e eu acho isso inaceitável. Como que pode um jogo voltado para meninas na faixa dos 14-18 anos ter finais possíveis assim? E pra piorar não são um final ruim pra cada personagem, são vários!!!
Meu, não entra na minha cabeça como esse jogo alcançou tanta popularidade a ponto de ganhar um anime e me fazer acreditar que valia a pena.
Dos personagens o melhorzinho é o Shin, que se mantem com a personalidade coerente até o final e é até que fofinho. O Ikki e o Kent são muito chatos e só de vez em quando parecem pessoas minimamente interessantes.
Não vou nem falar do Toma, que tinha tudo pra ser o Caramia desse jogo e acabou se mostrando um yandere assustador. Eu odeio yanderes, quem foi que inventou esta merda? Jamais superarei.
Quem salva esse jogo realmente é o Orion e a melhor amiga da MC, que é muito fofa e cheia de energia.
Um ponto que poderia ter sido muito melhor aproveitado em Amnesia é que ele se deram ao trabalho de montar plots diferentes para cada rota. Isso deixa o jogo muito mais dinâmico e engajante, mas pecaram nos acontecimentos dentro da maioria dos enredos, colocando situações abusivas ou casos de bullying totalmente desnecessários e umas personalidades doidas pro chefe do café onde a galera trabalha, deixando o universo caricato demais.
Sei lá, acho que esse jogo não era pra mim mesmo. Pelo menos tem o Orion, mesmo que ele seja um npc.
Ai ai.
~ Monster Prom
Monster Prom foi uma grata surpresa de 2020.
Por ironia do destino, quem me fez comprar foi a Luisa, uma das amigas que fiz no começo do ano antes do mundo se tocar que estávamos todos fodidos por tempo indeterminado.
Ela veio comentar comigo sobre como estava viciadíssima num jogo de simulação de dates e se eu gostava desse tipo de coisa. Claro que por dentro eu tava "MINHA FILHA, EU VIVO PRA ISSO", mas me controlei e fui dando respostas curtinhas até que ela me convenceu a comprar e começamos a jogar com duas amigas dela do tempo da fecap (porque o mundo é minúsculo e ela estudou lá alguns anos antes de mim).
Nunca imaginei que um dating sim me faria conhecer pessoas novas, mas fez e foi ótimo!
Me diverti e ainda me divirto com as meninas, inclusive antes do ano novo jogamos uma partida de Monster Camp, a sequência de Monster Prom e foi bom demaisss.
O único "problema" se é que posso classificar dessa forma é que MP é um jogo rápido e extremamente longo ao mesmo tempo. Diferente dos otome games em que você tem uma história enorme e pré-definida pra percorrer, Monster Prom é ridiculamente dinâmico com milhares (sério, milhares mesmo) de eventos possíveis e mais um montão de encerramentos, bônus, rotas escondidas, uma loucura. Mas tudo isso acontece dentro de partidas que variam entre 45min e 1h20.
Por conta disso, zerar o jogo é quase impossível e demora uma vida. É claro que isso me deixa roendo as unhas metafóricas porque, eu jogo pra zerar e é uma dor não conseguir todos os finais e polaroids (cada personagem te dá uma polaroid de recordação especial de acordo com o MC que você escolhe pra jogar, são 4 + os 8 personagens principais e os extras... pra se ter ideia de como é gigante essa parada).
Acabei até esfriando um pouco depois de uns meses jogando e agora preciso retomar pra tentar ao menos zerar as rotas secretas e tal. Joguei ao todo 49,9 fucking horas, pelo amor de deus.
Enfim, um jogo que ocupou e ainda deve ocupar muito da minha vida, principalmente enquanto seguirmos com o isolamento social. Mal posso esperar pra retomar minhas interações com o Damien hahah. Nada como ser um simp pra um montinho de pixels, não é mesmo?
[ s é r i e s ]
~ Steven Universe
Parece que fazem anos desde que assisti SU, caralho.
Lembro de terminar e sentir que tinha um buraco na minha vida e que eu tinha cometido o grave erro de terminar com uma das principais fontes de energia que eu poderia encontrar nessa existência cagada durante a pandemia.
Pois não é que 2020 foi um ano tão estranho que fez parecer que demorou uma eternidade a passar e acabei até me esquecendo dessa pérola?
Steven Universe, pra variar, também foi um dos casos de "todo mundo ama esse negócio, então irei ativamente evitar consumir". Como eu perco tempo na vida, ave maria.
Como a maioria das coisas que fizeram parte do meu ano, comecei a assistir SU por indicação de uma crush do momento.
A gente se conheceu no nosso último rolê antes da quarentena aqui em SP começar, literalmente haha. Fui num churrasco vegano na casa da Luisa (minha amiga da faculdade com quem jogo Monster Prom) e lá conheci a Appa. Sim, Appa, apelido homenageando o bisão voador do Aang ❤.
Ela era uma gracinha, acabamos nos aproximando e conseguimos manter contato por um bom tempo apesar do isolamento. Como eu vivo pro trabalho e pra faculdade acabei fazendo com que a gente se distanciasse e perdesse o contato (i cry).
Mas, no meio tempo em que nos falamos ela me recomendou assistir She-ra e Steven Universo, e eu aceitei. Ainda não consegui assistir She-ra, está na minha lista para 2021, mas o momento é de SU, então bora ter foco.
Não consigo me lembrar de nenhum defeito, sinceramente. A história inteira é muito bem construída e me faz duvidar se Rebecca Sugar é realmente um ser humano como nós e não algum tipo de semi-deus.
Brincadeiras a parte, SU realmente é tudo que as pessoas prometem ser. Apesar de eu não ter curtido muito o filme da Spinel, a série em si foi uma delícia de se assistir e mesmo com todas as trocentas reviravoltas e ampliação do universo nunca me deu preguiça de seguir acompanhando.
Antes de pegar pra ver com seriedade eu só tinha visto alguns poucos episódios jogados que por acaso passavam na tv esporadicamente e tinha uma noção bem superficial dos personagens graças a infinidade de fanarts e discussões que permeiam a internet.
Tenho muito carinho pela série. Pode-se dizer que virou uma das minhas preferidas.
Não é um "Avatar a Lenda de Aang", mas também não tem nenhuma intenção de ser, as duas obras tem propostas distintas e cumprem muito bem seu papel.
Sinto saudades de quando ainda não tinha acabado. Lembro de diversas vezes comentar com a minha mãe sobre algum momento angustiante ou sobre o universo todo mesmo, vish dei vários spoilers pra ela. Acho que um dia ainda vou arrastar minha mãe pra assistir comigo haha. Talvez ela não tenha muita paciência pro começo que tem muitos momentos em que os personagens são imaturos e egoístas, mas acho que ela vai gostar.
Sei lá, realmente parece fazer décadas desde que assisti esse negócio, então não estou com muito gás pra dissertar a respeito.
Somando isso ao fato de eu ter passado aproximadamente 10h escrevendo esta bendita retrospectiva é muito justo que meus neurônios não estejam a fim de colaborar com a produção de mais ladainha haha.
Bom, encerro por aqui minha primeira retrospectiva bem feita.
Estou impressionado com o tamanho, na real. Acho que me empolgo muito mais em descrever o contexto da minha vida no período em que eu acompanhei cada coisa do que o "tema" em si, mas tudo bem. A retrospectiva é minha, eu faço como bem entender.
Tenho absoluta certeza de que vou rever esse post várias e várias vezes no futuro e me agradecer por ter feito esse relato tão completinho. Adoro revisitar o passado via blog hahah.
Enfim, câmbio desligo.
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