28/01/2016

Resumo da semana


Hm, acho que a última vez que vim aqui foi pra falar sobre i'll give you the sun...
Bom, eu tava numa bad por causa do livro e tal, terminei e fiquei maravilhada com o fechamento da história. Um dos livros da minha vida, sério. 
Não tenho tido tempo pra fazer... Nada. Meus cursos de férias começaram e com eles uma nova enchurrada de auto-critica destrutiva. Tinha que ter né? 
Eu tava super animada, segunda e terça de manhã, aula de pintura com aquarela ainda no começo, eu achando que tinha já uma base quando na real não tinha a mais ínfima das capacitações pra fazer, sei lá, uma aquarelinha decente que fosse. Melhor dizendo, um desenho aceitavel que fosse. 
Tô dando uma de dodói, a dias escutando que sou eu quem condiciona as emoções e que fico mal porque eu quero e PELO AMOR DE DEUS EU JÁ SEI DISSO.
Minha questão vai além do se fazer sofrer. Por favor, faço terapia a mais tempo do que fiquei na escola, sei muito bem como condicionamos o psiquico e emocional e se isso fosse de alguma ajuda já teria surtido efeito. Serve pra aconselhar os outros, não nego.
Resumidamente estou outra vez, ou então ainda, não sei, na vala da depreciação e constatação da própria falta de habilidade. "É tudo questão de treino" ah, tá que bonitinho, muito obrigada :3. 
Por favor, não é a primeira nem a última vez que ouço isso e outra vez, eu já sei. As pessoas nos subestimam absurdamente quando  nos mostramos tristes. Entendo perfeitamente que o treino leva a evolução, porque né, é bem óbvio, mas o meu problema é encarar isso enquanto tenho claros sinais de que tem gente que não precisa treinar pra se sair melhor. Eu demoro, não entendo, peno e peno e peno pra chegar no menos ruim. E isso é bem bem dilacerante quando se senta perto de gente com menos idade que você, esteticamente superior e ainda por cima artisticamente também. Não, não sei se a pessoa passa horas e horas desenhando ao longo dos anos e também pouco me importa. Porque o foda é encarar a minha paralização. O meu paradoxo. A minha idiotice. Me encontro ruim, logo travo. Não me motiva, me afunda e eu não sei me reerguer direito. Ainda que tenha sobrevivido a várias quedas eu sou a menina caída no jardim dos meus textos. De uma forma menos dramatizada, mas de fato o mundo pra mim perde as cores e, na verdade acho que é mais do que isso, sinto como se as cores me fugissem e estivessem apenas em torno de outros, de superiores. Não tenho energia pra procurar crescer, não tenho ímpeto de superar essas situações, só me consumo, me devoro.
Já desejei que algumas semanas acabassem afim de interromper ainda que mínima  e momentaneamente minha dor. Só nunca imaginei que isso se passaria com um período de tempo pelo qual esperei tão avidamente e com conteúdo artístico que eu achava ser natural e intrínseco quando agora é como uma agressão lenta e gradual, uma incisão forçosa e de difícil cicatrização devido a rejeição do próprio organismo.

[02-07-16: dei uma arrumada no texto... tava bem estranho com umas palavras nonsense que o corretor resolveu escolher. Enfim, também achei a imagem perfeito do Charlie. Meu, sinceramente acho que Charlie Brown e eu deveriamos, sei lá, bater um papo, ter dois filhos, ir ao parque, discutir caetano e morrer de rir. (sim, citando cícero, porque me veio na cabeça).]

Nenhum comentário:

Postar um comentário