30/04/2018

A gente nunca sabe nada


Olha eu aqui, de novo.
Um mês atrás eu tava aqui dando notícias felizes né, que saudade desse tempo. 
É ridículo como os dias passam parecendo meses e com eles vão uns bons anos da minha vitalidade.

Pra variar estou na merda. Sim, esperando meu momento de acabar o momento adubo e ressurgir como uma flor maravilhosa e cheia de espinhos pra ver se esse povo me deixa em paz.

Me descobri em um relacionamento abusivo. De novo. Yay.

Eu e Henry era só alegria até eu descobrir que ele grita. Não obstante, é incapaz de aceitar suas próprias escolhas e me culpa por tudo. Ainda não é suficiente pra você? 
Ok, vamos descarregar o caminhãozinho da merda aqui.

Ele é todo amiguinho da Jackie. E apesar de toda a bosta pela qual passei por causa dela ele insiste em ficar do lado dela, em rebaixar tudo que eu sinto com frases como "você fica triste e emotiva e chora por coisas tão insignificantes". Sim, ele me disse exatamente essas palavras. Mais de uma vez.

É, senhoras e senhores, quando alguém que passou um mês te enchendo o saco pra que você "se abrisse" e contasse seus problemas pra ele e depois menospreza e te joga um Gaslight de nível A+ só faltando me chamar de histérica, você sabe que a merda além de atingir o ventilador chegou até a ventilação da cidade inteira.

Pois é, a vida é ótima. 

O pior é que eu sei que se terminar com ele antes de acabar o curso minha vida vai ser ainda pior. Ele é mais próximo dos meus colegas de sala do que eu, sem falar que estamos morando no mesmo prédio, ou seja, sem opções. 
Vou aturar esse relacionamento em prol da minha sanidade mental, mas né, não vejo a hora de voltar pra casa.

Cansei de viver no Canadá, essa é a verdade. Odeio meu bairro, cheio de mendigos e gente bêbada. Odeio a cidade a noite, nada aberto e gente consumindo drogas sem nenhuma descrição EM QUALQUER LUGAR. 
Odeio a falsa educação das pessoas, um orbigada e desculpa vazios que mais insultam de tanta condescendencia do que outra coisa. 

É, quem sabe alguma outra cidade, mas não acho que eu vá voltar muito ávida a ficar aqui.

Eu sei que é uma fase ruim, que vai passar etc etc. Mas agora me reservo o direito de viver minha fase ruim e pronto.

Não sinto que pertenço a esse lugar. Nem mesmo na escola, não me sinto mais confortável. 

Me enoja o fato de ter que conviver na mesma sala que a Jackie. Sério, nunca alguém me fez tão mal.

Não me sinto a vontade pra desabafar com ninguém, não tenho ninguém pra falar verdades, sequer pra compartilhar interesses. Não tenho mais vontade de sair do apartamento. Não tenho mais vontade de fazer nada, sinceramente.

Mas é, vamos indo. 

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